quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Selaron,

o artista chileno que abraçou o Rio.

Selaron é o nome de um controverso senhor, de personalidade esquisita como qualquer bom artista. Ele ficou famoso por conta de uma escadaria no Rio de Janeiro, que foi "decorada" com centenas de azulejos trazidos por ele mesmo de mais de cem diferentes países. Sua pessoa excêntrica vai virar documentário; e mais uma vez teremos o prazer de ver que meros mortais jamais entenderão o funcionamento, a razão e a lógica dos artistas verdadeiros. Sua própria lógica, sua própria razão...

Referências  para Selaron:
seu próprio site: http://www.selaron.net/
e aqui conta um pouco da história e tem um endereço, caso vc queira enviar um azulejo para ele: http://www.ceramicanorio.com/paineis/selaronmosaicolapa/selaronmosaicolapa.html

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Esse cara dança!

Isso é o que eu chamo dançar. Esse cara dança com o corpo, com os olhos, com a alma, com paixão. O Tobias Mead realmente me tira do sério...




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Butterfly Lovers

Butterfly Lovers é um ballet chinês maravilhoso. É difícil analisar a complexidade das apresentações de dança dos orientais em geral; sempre repletas de detalhes e carregadas de coisas inusitadas. A roupa consegue ser chamativa mesmo sem ser extravagante. O corpo de baile enfeita sem tirar a atenção do casal protagonista. Aliás, que casal!

Ela tem força, delicadeza, flexibilidade, graça, leveza, e equilíbrio, muito equilíbrio. Talvez o "mundo oriental" tenha uma "orientação" mais equilibrada.

A música não tem marcações fortes, mantém um padrão elegante e perfeito para o tipo de apresentação.

A transição dos elementos mais simples e no chão, para os elementos mais complexos e sobre o rapaz são feitos numa harmonia e tempo ótimos. O clímax vem e é estarrecedor. É um ballet com a simplicidade e magnificência de um bom ballet.

sábado, 28 de agosto de 2010

Prata da Casa

que vale Ouro!
Ó, nem vou comentar nada, porque a voz fala por si, não é mesmo?


domingo, 22 de agosto de 2010

Shontelle, Nick Pitera e Shan Malaika

O Nick Pitera, assim como o Chance (clipping anterior) apareceu no Ellen DeGeneres. Gostei dele. Tem muitos vídeos no youtube, mas o que marcou sua "aparição youtubistica" foi o A whole new world. Ele canta bem e tem um falsete legal. O vídeo que segue é um cover de Impossible da Shontelle, que é "nova" no pedaço, mas mandou muito bem nessa canção. No vídeo, o Nick tem uma ajudinha da Shan Malaika, que também é uma youtubeira de carteirinha com ótimos vídeos (postei um dela também). Sugiro que confiram os 3 nomes no YT.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O que é dança ?

Se o título desse post sugere que eu vá responder à pergunta por ele introduzida, já agora eu digo que não. Seria pretencioso respondê-la. Mas é possível discorrer sobre esse assunto de forma ao mesmo tempo profunda e não exaustiva. Aliás, vou mudar o foco da pergunta para o seguinte: de quê é feita a dança?

Quais os materiais utilizados nessa construção? Isso traduz melhor a idéia que passa em minha mente. E adianto, é possível fazer uma casa de madeira, assim como de cimento ou ainda de pedras. É possível telhas de barro, ou outros materiais. Uma casa pode ter mais de um andar. Pode abrigar uma família ou algumas várias. Uma casa pode ter as paredes revestidas de tinta, papel-parede, tecidos, quadros, texturas; os quais podem ser coloridos, de tons pastéis, cores fortes, ou ainda reproduzir paisagens e a natureza.

É dessa complexidade, dessa variedade que é feita a dança. É dessa diversidade material que ela se compõe.

A dança incorpora de modo muito marcante a cultura de um povo. Nela é possível ver a tradição, os costumes, os valores, os princípios, a filosofia daqueles que, através dela, se expressam. Esse é o cimento primordial em sua constituição (nível 1). E a esse aspecto fundamental cabe muitos e muitos posts. Vou pular para a decoração. =)

Há pessoas que cospem fogo enquanto dançam. Há pessoas que dançam equilibrando uma espada. Há pessoas que dançam saltando e há as que dançam "paradas". Esses aspectos seriam o revestimento da dança (nível 2), a roupagem sobreposta aos aspectos fundamentais. Para além desses, há ainda os adereços e detalhes inseridos na composição (nível 3), como se fossem a maquiagem ou os adornos que dão o toque final em uma dança verdadeiramente bem elaborada. Fique claro: uma pessoa que faz um solo vestida apenas com um colã, pode conter todos os elementos constituintes supracitados; é uma questão delicada e complexa o ato de determinar essas partes em um todo. E nem sempre essa determinação é visualmente possível.

A seguir, faço uma breve listagem do que chamei "elementos de revestimento". É possível fazer uma pequena enumeração desses "papéis de parede", distinguindo alguns elementos básicos de construção e caracterização da dança em suas diferentes vertentes. A lista a seguir não é completa, nem poderia ser. É apenas a determinação de alguns elementos constituintes. Uma mesma dança pode usar vários desses elementos em conjunto, como pode ser observado nos vídeos que seguem.

Classificação da Dança por Elementos Constitutivos de Nível 2

  • Dança Acrobática: É a inserção de elementos de acrobacia, flexibilidade, força e equilíbrio como os pontos marcantes da dança.
  • Dança Teatralizada: Possui cenário, história, dramatização, atos. É uma história contada por meio da dança.
  • Dança Ritualística: Ou sagrada. Para alguns povos, a dança é um elemento religioso, e seu uso pode ser parte se um ritual ou mesmo o ritual em si. Muitas danças que hoje não são mais ritualísticas podem ter surgido dessa forma.
  • Dança Solo: O nome já diz. Uma única pessoa dança, e por isso a liberdade de execução é maior.
  • Dança em Dupla: Acrescenta elementos importantes na dança solo. A dança em dupla permite uma variedade que não é possível na dança solo.
  • Dança em Grupo: Pode ter formas muito variadas de execução. O grupo pode dançar sincronamente ou assincronamente. Geralmente há formação de formas geométricas abertas ou fechadas.
  • Dança Coreografada: Os movimentos da dança foram previamente estabelecidos.
  • Dança Livre (ou improvisada): Não gosto de chamar esse elemento de "improvisação", porque pode, equivocadamente, dar a idéia de que é algo mal-feito ou feito de "qualquer jeito". A dança livre é uma movimentação sem o prévio estabelecimento dos movimentos. É a dança que não foi coreografada, mas não quer dizer que não tenha técnica apurada.
  • Dança Tradicional/Regionalizada: É aquela que remete a características regionais, que possuem uma história por traz de sua constituição
  • Dança Extracorpórea: Usa elementos acessórios, que vão além do corpo, que são de fora do corpo. Qualquer tipo de acessório caracteriza uma dança extracorpórea, como por exemplo: velas, lenços, bastões, chapéus.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

de Paulo Coelho

Sem entrar no mérito de questões outras, encontrei no blog do Paulo Coelho uma interessante "declaração de princípios", a qual transcrevo a seguir.

1] Todos os homens são diferentes. E devem fazer o possível para continuar sendo.
2] A todo ser humano foram concedidas duas maneiras de agir: a ação e a contemplação. Ambos levam ao mesmo lugar.
3] A todo ser humano foram concedidas duas qualidades: o poder e o dom. O poder dirige o homem ao encontro com o seu destino, o dom o obriga a dividir com os outros o que há de melhor em si mesmo.
4] A todo ser humano foi dada uma virtude: a capacidade de escolher. O que não utiliza esta virtude, a transforma em uma maldição – e outros escolherão por ele.
5] Todo ser humano tem direito a duas bênçãos, a saber: a benção de acertar, e a benção de errar. No segundo caso, sempre existe um aprendizado que o conduzirá ao caminho certo.
6] Todo ser humano tem um perfil sexual próprio, e deve exerce-lo sem culpa – desde que não obrigue os outros a exerce-lo com ele.
7] Todo ser humano tem uma Lenda Pessoal a ser cumprida, e esta é a sua razão de estar neste mundo. A Lenda Pessoal manifesta-se através do entusiasmo com sua tarefa.
Parágrafo único: pode-se abandonar por certo tempo a Lenda Pessoal, desde que não se esqueça dela, e volte assim que for possível.
8] Todo homem tem o seu lado feminino, e toda mulher tem o seu lado masculino. É necessário usar a disciplina com intuição, e usar a intuição com objetividade
9] Todo ser humano precisa conhecer duas linguagens: a linguagem da sociedade e a linguagem dos sinais. Uma serve para a comunicação com os outros. A outra serve para entender as mensagens de Deus.
10] Todo ser humano tem direito à busca da alegria, e entende-se por alegria algo que o deixa contente – não necessariamente aquilo que deixa os outros contentes.
11] Todo ser humano deve manter viva dentro de si a sagrada chama da loucura. E deve comportar-se como uma pessoa normal.
12] São considerados faltas graves apenas os seguintes itens: não respeitar o direito do próximo, deixar-se paralisar pelo medo, sentir-se culpado, achar que não merece o bom e o mal que lhe acontece na vida, e ser covarde.
Parágrafo 1 - amaremos nossos adversários, mas não faremos alianças com eles. foram colocados no nosso caminho para testar nossa espada, e merecem o respeito de nossa luta.
Parágrafo 2 - escolheremos nossos adversários.
12A]Fica decretado o fim do muro que separa o sagrado do profano: a partir de agora, tudo é sagrado.
14] Tudo que é feito no presente afeta o futuro por conseqüência, e o passado por redenção.
15] O impossível é possivel.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Greyson Chance

O Chance ficou "célebre" ao cantar uma versão de Papparazzi numa mostra de talentos do colégio. A música que ele canta nesse vídeo é uma composição dele próprio. A letra é linda e a voz dele também. Ele participou do programa da Ellen DeGeneres, que acabou criando um selo musical e irá lançar o garoto em sua carreira musical.

domingo, 25 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cerimônia do Chá

Um caminho para a evolução espiritual

A Cerimônia do Chá (Chanoyu), ou Caminho do Chá (Chado), é a arte de servir e saborear o “matcha”, um chá verde em pó. Seu maior objetivo é proporcionar elevação espiritual ao anfitrião e ao convidado. Uma das principais artes tradicionais do Japão, a cerimônia sintetiza a cultura do país e engloba inúmeras manifestações artísticas. Em nenhum outro lugar do mundo, sua contribuição foi tão significativa culturalmente. As artes florais, cerâmica, caligrafia, arquitetura, jardinagem, pintura, música, entre outras, sofreram forte influência do “Chado”, composto também pela apreciação dos utensílios, que muitas vezes são objetos de grande valor artístico. Meishu-Sama foi um grande apreciador da Arte do Chá. Ao receber pessoas no Sanguetsu-An (Casa de Chá Montanha e Lua), em Hakone, preparava pessoalmente a sala, escolhendo as caligrafias a serem expostas, vivificando as flores e recebendo os convidados com muito prazer. Ao ser perguntado por um interlocutor se ministros e missionários, independente do sexo, deveriam conhecer Ikebana e Cerimônia do Chá, Meishu-Sama respondeu afirmativamente. “Isso porque a Arte se desenvolverá intensamente, no mundo paradisíaco. Aqueles que têm condições de praticar devem fazê-lo”, explicou. Segundo a 3ª Líder Espiritual, Itsuki Okada, filha de Meishu-Sama, a cerimônia é uma arte de caráter global, contribuindo para a elevação espiritual das pessoas de todo o mundo. Além da beleza dos elementos artísticos, engloba a beleza da  natureza e a beleza de cunho religioso. Essa arte é o caminho mais curto para alcançarmos uma vida baseada na trilogia Verdade, Bem e Belo, fundamental para a criação do Paraíso Terrestre, maior objetivo da Igreja Messiânica. 

Histórico

No século XII, Eisai, monge da seita budista Zen, introduziu no Japão o “matcha”, que substituiu o chá em tijolo. Restrito inicialmente aos monges budistas, o hábito de tomar chá foi, em pouco tempo, incorporado pelos nobres, pelos samurais e chegou às comunidades rurais. Antes das incursões guerreiras, os samurais costumavam se reunir para adquirir elevação espiritual. Como não sabiam se sobreviveriam à jornada, procuravam participar da cerimônia como se fosse a última vez. Por isso, ainda hoje, o anfitrião empenha-se ao máximo para oferecer o melhor ao convidado, procurando tornar o mais agradável possível o encontro. O monge zenista Murata Shuko (1422-1502) estabeleceu a Cerimônia do Chá japonesa. Já Sen no Rikyu  (1522-1591), também monge zenista, definiu a estrutura estética do “Chanoyu”, como é conhecida hoje. Considerado o maior mestre do chá e fundador da Urasenke, a mais tradicional escola de Chá do Japão, Sen no Rikyu identificou os quatro princípios da cerimônia: “wa” (harmonia), “kei” (respeito), “sei” (pureza) e “jaku” (tranqüilidade). “A Cerimônia do Chá é a conjunção de quatro fatores: treinamento, arte, cerimonial e sociabilidade”, afirmou. No século XIX, Okakura Tenshin escreveu “The Book of Tea” (“O Livro do Chá”), que contribuiu para a divulgação do “Chado” por vários países.

Evolução espiritual

Os movimentos realizados no “Chado” são muito suaves, delicados, graciosos, meticulosos, elegantes, sem desperdícios, sendo preestabelecidos instante por instante. O anfitrião começa a preparação dias antes do encontro, mas não só de forma espiritual. De acordo com a estação do ano e solenidade do evento, ele escolhe cuidadosamente os melhores utensílios: tigelas de chá, louças, flores, lenços de seda, incenso. Antes da cerimônia, pode ser servido o “kaisseki” (refeição). Presentes na Cerimônia do Chá, o espírito de servir, o altruísmo, a gratidão, a beleza, a ordem e a simplicidade trazem evolução espiritual ao anfitrião e convidado. Tudo isso sugere, naquele ato, uma pausa para reflexão sobre si mesmos e sobre o momento que estão compartilhando. No pensamento oriental, a partir do “do” (caminho) alcança-se o “satori”, ou seja, a compreensão, a intuição e a percepção das coisas. Daí a origem da palavra “Chado” – o caminho do chá –, que foi aperfeiçoado até se tornar um meio de conquista de autocontrole emocional, auto-expressão e iluminação espiritual. A duração do “Chado” é de cerca de quatro horas. Para entrar na sala de chá é preciso purificar-se. Anfitrião e convidado deixam tudo o que é mundano, profano, do lado de fora. Não são usados objetos como anel, jóias, brincos ou colar. Sandra Caldas Lourenço, praticante da cerimônia há sete anos, acredita que é indispensável participar do “Chado” para compreendê-lo mais profundamente. “Cada anfitrião e convidado têm uma reação diferente, a cada cerimônia. O Caminho do Chá é difícil de ser explicado em palavras. Ele precisa ser vivenciado”, diz. Cada cerimônia é única. As sensações que ela proporciona jamais se repetem. Daí, a origem da expressão japonesa “itigo itie” (um momento, um encontro único, que jamais se repete). Uma cerimônia nunca é igual à outra porque os convidados, as flores vivificadas e os utensílios são diferentes. O “Chado” deve simbolizar o ato de purificação, ser um meio de divulgar o mundo do Belo, uma forma de deleitar os cinco sentidos e valorizar o fato de colocarmos sentimento em tudo o que fazemos. Além de ser acessível a qualquer pessoa, em qualquer local e momento, sua filosofia pode ser trazida para o nosso dia-a-dia. Na casa de qualquer pessoa, ainda que não seja em uma Cerimônia do Chá, também é possível servir ao convidado um simples café ou chá ocidental com o mesmo espírito do “Chado”. A partir daí afloram, no anfitrião e no convidado, maior bondade, cordialidade, cortesia, graciosidade, disciplina e humildade, libertando-os das preocupações cotidianas.

Texto integralmente extraído da revista "Izunome", parte do site da Igreja Messiânica Mundial do Brasil

sábado, 17 de julho de 2010

Hathor

"Hathor (Het-Hert, Het-Heru, Hwt-Hert, Hethara), meaning "House of Horus [the Elder]"... The Mistress of Heaven. A goddess of love, music and beauty as the Goddess of Love, Cheerfulness, Music and Dance."
retirado de: http://www.thekeep.org/~kunoichi/kunoichi/themestream/hathor.html

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dança Desalmada


Dançarinas e bailarinas, famosas e desconhecidas. Todas falam sobre a "consciência corporal" ou ainda a "conexão corporal", quando perguntadas sobre a beleza, elegância e vivacidade de suas danças, de seus movimentos.

Realmente, quando se dança com consciência corporal*, é como se a dança ganhasse alma. E é muito fácil detectar danças desalmadas: as que não conseguimos assistir.

Mas é só isso? Basta ter c.c.* que a alma nasce e então a dança adquire beleza, tudo assim instantaneamente?

O misterioso estado de graça que nos invade quando dançamos ou quando assistimos alguém dançar é, com certeza, um pouco mais que c.c.*.

Dançar obrigado, sem vontade, com medo, com vergonha, sem gostar da música, sem gostar dos espectadores... Tudo isso e muitas outras situações tiram a alma da dança, independente da técnica, do poder acrobático, da experiência e do domínio corporal de quem dança.

Então, qual o combustível que mantém a alma de uma dança sempre acesa?

A emanação da música.

Quando dançamos, buscamos uma interação com a música que nos acompanha. Às vezes tentamos seguí-la, às vezes tentamos interpretá-la, às vezes tentamos acompanhá-la.

O segredo é emaná-la.

Quando a conexão entre o dançarino e a música chega a tal ponto que a música parece sair de seu corpo, emanar de seus movimentos, a alma terá encontrado a chama que a manterá acesa. Nesse estado, ainda que um dançarino dance sem música, haverá beleza. Haverá uma beleza agradável, que alcança os corações de quem contempla a performance.

Como chegar a esse estado de conexão com a música?

Segredos...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Miguel Ângelo Buonarroti

Eu não sou digna para discorrer sobre algo que, por si só, fala mais que todas as mais belas e preciosas palavras que eu poderia encontrar. Deixo-vos, portanto, com A criação de Adão e O juízo final.


Dança chinesa... Voando no céu

De forma não intencional encontrei esse vídeo. São chinesas dançando, vestidas de amarelo. O amarelo parece ser uma cor artisticamente forte para os chineses.
Assistam. A análise vem a seguir.


Bom, sobre a escolha do amarelo é fato. Mas o fundo azulado, lembrando um céu, é perfeito para destacar ainda mais as bailarinas. O ventilador compõe o que faltava para que elas realmente "dancem nos céus".

Um detalhe que achei fantástico e ainda não conhecia é o suporte para a perna (igual ao que vinha com a boneca barbie há umas décadas atrás =). O uso do suporte permitiu uma gama de novos movimentos de beleza surpreendente. A sensação que temos ao ver movimentações que parecem impossíveis - já que não vemos o suporte - é de que elas não são reais.

Preciosismo. Essa é uma palavra de ordem no oriente. Em todas as artes, em todas as culturas. O preciosismo no cabelo e nos dedos, pés e mãos é recorrente. O modo como o cabelo é valorizado seja na simplicidade seja na excentricidade é sempre notório e esse vídeo mostra claramente esse aspecto. Também o uso das mãos, dos pés e dos dedos. O detalhe no movimento e expressão de cada parte do corpo é estudado e trabalhado com profundidade; fato pouco comum no ocidente.

Por ser chinês, o ballet é repleto de elementos acrobáticos. Me agrada visualmente, mas fico pensativa se a dose de acrobacias é em boa medida.

A música é uma composição com instrumentos orientais e voz suave, com momentos marcantes mas sem a repetição enfadonha da música moderna. Dessa forma, a melodia propicia movimentos mais livres e figuras mais bem trabalhadas e executadas.

Perdi algum detalhe?
:)

domingo, 4 de julho de 2010

Snow Deva

Lembrei-me que estamos no inverno...
arte por: http://www.annestokes.com/

sábado, 3 de julho de 2010

Spring Spirit

arte por: http://www.goldenwoodstudio.com

Kuan Yin

Estou tendo uma "fase chinesa". Mas não foi intencional. Afinal, o momento certo para algo, é quando se faz o algo.

Tao Te Ching

Segundo verso (ou capítulo):

Quando o mundo percebe que a beleza é a beleza, a feiúra é criada
Quando percebe que o bem é o bem, o mal é criado

Assim o ser e o não ser geram um ao outro
A difícil e o fácil trazem um ao outro
Longo e curto revelam um ao outro
Alto e baixo suportam um ao outro
Música e voz harmonizam um ao outro
Frente e trás seguem um ao outro

Portanto o sábio:
Consegue trabalhar sem agir
E ensinar sem palavras

Trabalha com inúmeras coisas mas não as controla
Cria mas não possui
Age mas não tem expectativas

Tem sucesso mas não se apega ao sucesso
E é porque não se apega ao sucesso
Que dura eternamente
 
Retirado do site www.taoism.net

Cada uma dessas linhas pode transformar sua arte. Refletir é mais do que ler e concordar com esses versos... Há neles ensinamento. Verdadeiro artista aquele que buscar o significado dessas palavras em sua arte.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Erhu - um "violino", uma pele de cobra e um vestido amarelo

Um "violino" de duas cordas, um pedaço de pele de cobra e um vestido amarelo fazem tudo isso?


Vou começar a análise desse vídeo falando sobre o erhu, que é o instrumento tocado pelo "vestido amarelo". O erhu é conhecido como o violino chinês. É um instrumento composto pela caixa acústica, um braço de madeira densa e duas cordas. A caixa é coberta com pele de cobra de um dos lados e o arco é feito de bambu e crina de cavalo. Não pretendo entrar em maiores detalhes, pois este é um instrumento que merece um post próprio, mas essa breve explanação é importante porque poucos conhecem os (mágicos) instrumentos musicais orientais. De suavidade única, o erhu já teve seus altos e baixos na história do oriente, mas na "banda de cá" só é usado em festivais sobre a cultura oriental. De qualquer forma, não é só a beleza do erhu que faz desse vídeo um banquete aos amantes da arte. 

O cenário tem o dedo sábio de quem não apenas vê, mas contempla.

A artista que toca o erhu - inclusive acompanhada por outro belo instrumento - usa um vestido amarelo bem vivo, cor muito comum e apreciada pelos chineses, fazendo parte da bandeira da China, entre outras coisas. Ao fundo, o longo quadro lembra também a cultura oriental, pela sua simplicidade nos traços e no uso das cores. E ainda que haja flores vermelhas, o uso concomitante do vermelho, branco e preto, produzem uma atmosfera naturalmente neutra. Mas neutra no sentido de atrair a atenção. É embelezar o cenário sem desgaste do observador. O vestido amarelo se mantém lá, imponente. Mais do que isso, os cabelos negros da artista fazem o contraste necessário com a roupa.

A delicadeza nos outros detalhes do cenário compõe a completude da melodia.

Uma lição de filosofia chinesa, um vídeo, uma música, uma pele de cobra. A valorização de princípios e virtudes nos detalhes que permeiam um artista faz dele um artista maior.

domingo, 27 de junho de 2010

Versos de Ouro

Os 72 versos de ouro de Pitágoras


1. Honra em primeiro lugar os deuses imortais, como manda a lei.
2. A seguir, reverencia o juramento que fizeste.
3. Depois os heróis ilustres, cheios de bondade e luz.
4. Homenageia, então, os espíritos terrestres e manifesta por eles o devido respeito.
5. Honra em seguida a teus pais, e a todos os membros da tua família.
6. Entre os outros, escolhe como amigo, o mais sábio e virtuoso.
7. Aproveita seus discursos suaves, e aprende com os atos dele, que são úteis e virtuosos.
8. Mas não afasta teu amigo por um pequeno erro,
9. Porque o poder é limitado pela necessidade.
10. Leva bem a sério o seguinte: Deves enfrentar e vencer as paixões:
11. Primeiro a gula, depois a preguiça, a luxúria, e a raiva.
12. Não faz junto com outros, nem sozinho, o que te dá vergonha.
13. E, sobretudo, respeita a ti mesmo.
14. Pratica a justiça com teus atos e com tuas palavras.
15. E estabelece o hábito de nunca agir impensadamente.
16. Mas lembra sempre um fato, o de que a morte virá a todos;
17. E que as coisas boas do mundo são incertas, e assim como podem ser conquistadas, podem ser perdidas.
18. Suporta com paciência e sem murmúrio a tua parte, seja qual for,
19. Dos sofrimentos, que o destino determinado pelos deuses, lança sobre os seres humanos.
20. Mas esforça-te por aliviar a tua dor no que for possível.
21. E lembra que o destino não manda muitas desgraças aos bons.
22. O que as pessoas pensam e dizem varia muito; agora é algo bom, em seguida é algo mau.
23. Portanto, não aceita cegamente o que ouves, nem o rejeita de modo precipitado.
24. Mas se forem ditas falsidades, retrocede suavemente e arma-te de paciência.
25. Cumpre fielmente, em todas as ocasiões, o que te digo agora:
26. Não deixa que ninguém, com palavras ou atos,
27. Te leve a fazer ou dizer o que não é melhor para ti.
28. Pensa e delibera antes de agir, para que não cometas ações tolas,
29. Porque é próprio de um homem miserável, agir e falar impensadamente.
30. Mas faze aquilo que não te trará aflições mais tarde, e que não te causará arrependimento.
31. Não faze nada que sejas incapaz de entender.
32. Porém, aprende o que for necessário saber; deste modo, tua vida será feliz.
33. Não esquece de modo algum a saúde do corpo,
34. Mas dá a ele, alimento com moderação, o exercício necessário e também repouso à tua mente.
35. O que quero dizer com a palavra moderação é que os extremos devem ser evitados.
36. Acostuma-te a uma vida decente e pura, sem luxúria.
37. Evita todas as coisas que causarão inveja,
38. E não comete exageros. Vive como alguém que sabe o que é honrado e decente.
39. Não age movido pela cobiça ou avareza. É excelente usar a justa medida em todas estas coisas.
40. Faze apenas as coisas que não podem ferir-te, e decide antes de fazê-las.
41. Ao deitares, nunca deixe que o sono se aproxime dos teus olhos cansados,
42. Enquanto não revisares, com a tua consciência mais elevada, todas as tuas ações do dia.
43. Pergunta: "Em que errei? Em que agi corretamente? Que dever deixei de cumprir?"
44. Recrimina-te pelos teus erros, alegra-te pelos acertos.
45. Pratica integralmente todas estas recomendações. Medita bem nelas. Tu deves amá-las de todo o coração.
46. São elas que te colocarão no caminho da Virtude Divina,
47. Eu o juro por aquele que transmitiu às nossas almas, o Quaternário Sagrado.
48. Aquela fonte da natureza cuja evolução é eterna.
49. Nunca começa uma tarefa, antes de pedir a bênção e a ajuda dos Deuses.
50. Quando fizeres de tudo isso um hábito,
51. Conhecerás a natureza dos deuses imortais e dos homens,
52. Verás até que ponto vai a diversidade entre os seres, e aquilo que os contém, e os mantém em unidade.
53. Verás então, de acordo com a Justiça, que a substância do Universo é a mesma em todas as coisas.
54. Deste modo não desejarás o que não deves desejar, e nada neste mundo será desconhecido de ti.
55. Perceberás também, que os homens lançam sobre si mesmos, suas próprias desgraças, voluntariamente e por sua livre escolha.
56. Como são infelizes! Não vêem, nem compreendem que o bem deles, está ao seu lado.
57. Poucos sabem como libertar-se dos seus sofrimentos.
58. Este é o peso do destino que cega a humanidade.
59. Os seres humanos andam em círculos, para lá e para cá, com sofrimentos intermináveis,
60. Porque são acompanhados por uma companheira sombria, a desunião fatal entre eles, que os lança para cima e para baixo sem que percebam.
61. Trata, discretamente, de nunca despertar desarmonia, mas foge dela!
62. Oh Deus nosso Pai, livra a todos eles de sofrimentos tão grandes,
63. Mostrando a cada um o Espírito que é seu guia.
64. Porém, tu não deves ter medo, porque os homens pertencem a uma raça divina,
65. E a natureza sagrada tudo revelará e mostrará a eles.
66. Se ela comunicar a ti os teus segredos, colocarás em prática com facilidade todas as coisas que te recomendo.
67. E ao curar a tua alma a libertarás de todos estes males e sofrimentos.
68. Mas evita as comidas pouco recomendáveis para a purificação e a libertação da alma.
69. Avalia bem todas as coisas,
70. Buscando sempre guiar-te pela compreensão divina que tudo deveria orientar.
71. Assim, quando abandonares teu corpo físico e te elevares no éter,
72. Serás imortal e divino, terás a plenitude e não mais morrerás.

Magic Wand

Michael Jackson - Remember The Time

Fantasy Geisha

sábado, 26 de junho de 2010

Arte

A arte, essa senhora desconhecida.

Por muitos contemplada, por tantos outros aplaudida. Por muitos admirada, por tantos outros incompreendida. Essa senhora, tão desconhecida.

Procurei o significado da palavra arte. Procurei em todos os lugares, em livros e nas ruas. Procurei em dicionários e em museus. Perguntei a rainhas e a plebeus.

Ninguém me respondeu.

A arte, essa senhora desconhecida.

Fui ao sábio dos sábios, e a ele perguntei. "O que é arte?".
Ele disse que não sabia, mas que seu professor teria a resposta. Mas se ele era o sábio dos sábios, quem poderia ser seu professor? Indaguei tacitamente, mas é como se ele me tivesse ouvido. Mostrou-me seu professor, e então eu entendi.

A arte, essa senhora.