domingo, 25 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cerimônia do Chá

Um caminho para a evolução espiritual

A Cerimônia do Chá (Chanoyu), ou Caminho do Chá (Chado), é a arte de servir e saborear o “matcha”, um chá verde em pó. Seu maior objetivo é proporcionar elevação espiritual ao anfitrião e ao convidado. Uma das principais artes tradicionais do Japão, a cerimônia sintetiza a cultura do país e engloba inúmeras manifestações artísticas. Em nenhum outro lugar do mundo, sua contribuição foi tão significativa culturalmente. As artes florais, cerâmica, caligrafia, arquitetura, jardinagem, pintura, música, entre outras, sofreram forte influência do “Chado”, composto também pela apreciação dos utensílios, que muitas vezes são objetos de grande valor artístico. Meishu-Sama foi um grande apreciador da Arte do Chá. Ao receber pessoas no Sanguetsu-An (Casa de Chá Montanha e Lua), em Hakone, preparava pessoalmente a sala, escolhendo as caligrafias a serem expostas, vivificando as flores e recebendo os convidados com muito prazer. Ao ser perguntado por um interlocutor se ministros e missionários, independente do sexo, deveriam conhecer Ikebana e Cerimônia do Chá, Meishu-Sama respondeu afirmativamente. “Isso porque a Arte se desenvolverá intensamente, no mundo paradisíaco. Aqueles que têm condições de praticar devem fazê-lo”, explicou. Segundo a 3ª Líder Espiritual, Itsuki Okada, filha de Meishu-Sama, a cerimônia é uma arte de caráter global, contribuindo para a elevação espiritual das pessoas de todo o mundo. Além da beleza dos elementos artísticos, engloba a beleza da  natureza e a beleza de cunho religioso. Essa arte é o caminho mais curto para alcançarmos uma vida baseada na trilogia Verdade, Bem e Belo, fundamental para a criação do Paraíso Terrestre, maior objetivo da Igreja Messiânica. 

Histórico

No século XII, Eisai, monge da seita budista Zen, introduziu no Japão o “matcha”, que substituiu o chá em tijolo. Restrito inicialmente aos monges budistas, o hábito de tomar chá foi, em pouco tempo, incorporado pelos nobres, pelos samurais e chegou às comunidades rurais. Antes das incursões guerreiras, os samurais costumavam se reunir para adquirir elevação espiritual. Como não sabiam se sobreviveriam à jornada, procuravam participar da cerimônia como se fosse a última vez. Por isso, ainda hoje, o anfitrião empenha-se ao máximo para oferecer o melhor ao convidado, procurando tornar o mais agradável possível o encontro. O monge zenista Murata Shuko (1422-1502) estabeleceu a Cerimônia do Chá japonesa. Já Sen no Rikyu  (1522-1591), também monge zenista, definiu a estrutura estética do “Chanoyu”, como é conhecida hoje. Considerado o maior mestre do chá e fundador da Urasenke, a mais tradicional escola de Chá do Japão, Sen no Rikyu identificou os quatro princípios da cerimônia: “wa” (harmonia), “kei” (respeito), “sei” (pureza) e “jaku” (tranqüilidade). “A Cerimônia do Chá é a conjunção de quatro fatores: treinamento, arte, cerimonial e sociabilidade”, afirmou. No século XIX, Okakura Tenshin escreveu “The Book of Tea” (“O Livro do Chá”), que contribuiu para a divulgação do “Chado” por vários países.

Evolução espiritual

Os movimentos realizados no “Chado” são muito suaves, delicados, graciosos, meticulosos, elegantes, sem desperdícios, sendo preestabelecidos instante por instante. O anfitrião começa a preparação dias antes do encontro, mas não só de forma espiritual. De acordo com a estação do ano e solenidade do evento, ele escolhe cuidadosamente os melhores utensílios: tigelas de chá, louças, flores, lenços de seda, incenso. Antes da cerimônia, pode ser servido o “kaisseki” (refeição). Presentes na Cerimônia do Chá, o espírito de servir, o altruísmo, a gratidão, a beleza, a ordem e a simplicidade trazem evolução espiritual ao anfitrião e convidado. Tudo isso sugere, naquele ato, uma pausa para reflexão sobre si mesmos e sobre o momento que estão compartilhando. No pensamento oriental, a partir do “do” (caminho) alcança-se o “satori”, ou seja, a compreensão, a intuição e a percepção das coisas. Daí a origem da palavra “Chado” – o caminho do chá –, que foi aperfeiçoado até se tornar um meio de conquista de autocontrole emocional, auto-expressão e iluminação espiritual. A duração do “Chado” é de cerca de quatro horas. Para entrar na sala de chá é preciso purificar-se. Anfitrião e convidado deixam tudo o que é mundano, profano, do lado de fora. Não são usados objetos como anel, jóias, brincos ou colar. Sandra Caldas Lourenço, praticante da cerimônia há sete anos, acredita que é indispensável participar do “Chado” para compreendê-lo mais profundamente. “Cada anfitrião e convidado têm uma reação diferente, a cada cerimônia. O Caminho do Chá é difícil de ser explicado em palavras. Ele precisa ser vivenciado”, diz. Cada cerimônia é única. As sensações que ela proporciona jamais se repetem. Daí, a origem da expressão japonesa “itigo itie” (um momento, um encontro único, que jamais se repete). Uma cerimônia nunca é igual à outra porque os convidados, as flores vivificadas e os utensílios são diferentes. O “Chado” deve simbolizar o ato de purificação, ser um meio de divulgar o mundo do Belo, uma forma de deleitar os cinco sentidos e valorizar o fato de colocarmos sentimento em tudo o que fazemos. Além de ser acessível a qualquer pessoa, em qualquer local e momento, sua filosofia pode ser trazida para o nosso dia-a-dia. Na casa de qualquer pessoa, ainda que não seja em uma Cerimônia do Chá, também é possível servir ao convidado um simples café ou chá ocidental com o mesmo espírito do “Chado”. A partir daí afloram, no anfitrião e no convidado, maior bondade, cordialidade, cortesia, graciosidade, disciplina e humildade, libertando-os das preocupações cotidianas.

Texto integralmente extraído da revista "Izunome", parte do site da Igreja Messiânica Mundial do Brasil

sábado, 17 de julho de 2010

Hathor

"Hathor (Het-Hert, Het-Heru, Hwt-Hert, Hethara), meaning "House of Horus [the Elder]"... The Mistress of Heaven. A goddess of love, music and beauty as the Goddess of Love, Cheerfulness, Music and Dance."
retirado de: http://www.thekeep.org/~kunoichi/kunoichi/themestream/hathor.html

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dança Desalmada


Dançarinas e bailarinas, famosas e desconhecidas. Todas falam sobre a "consciência corporal" ou ainda a "conexão corporal", quando perguntadas sobre a beleza, elegância e vivacidade de suas danças, de seus movimentos.

Realmente, quando se dança com consciência corporal*, é como se a dança ganhasse alma. E é muito fácil detectar danças desalmadas: as que não conseguimos assistir.

Mas é só isso? Basta ter c.c.* que a alma nasce e então a dança adquire beleza, tudo assim instantaneamente?

O misterioso estado de graça que nos invade quando dançamos ou quando assistimos alguém dançar é, com certeza, um pouco mais que c.c.*.

Dançar obrigado, sem vontade, com medo, com vergonha, sem gostar da música, sem gostar dos espectadores... Tudo isso e muitas outras situações tiram a alma da dança, independente da técnica, do poder acrobático, da experiência e do domínio corporal de quem dança.

Então, qual o combustível que mantém a alma de uma dança sempre acesa?

A emanação da música.

Quando dançamos, buscamos uma interação com a música que nos acompanha. Às vezes tentamos seguí-la, às vezes tentamos interpretá-la, às vezes tentamos acompanhá-la.

O segredo é emaná-la.

Quando a conexão entre o dançarino e a música chega a tal ponto que a música parece sair de seu corpo, emanar de seus movimentos, a alma terá encontrado a chama que a manterá acesa. Nesse estado, ainda que um dançarino dance sem música, haverá beleza. Haverá uma beleza agradável, que alcança os corações de quem contempla a performance.

Como chegar a esse estado de conexão com a música?

Segredos...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Miguel Ângelo Buonarroti

Eu não sou digna para discorrer sobre algo que, por si só, fala mais que todas as mais belas e preciosas palavras que eu poderia encontrar. Deixo-vos, portanto, com A criação de Adão e O juízo final.


Dança chinesa... Voando no céu

De forma não intencional encontrei esse vídeo. São chinesas dançando, vestidas de amarelo. O amarelo parece ser uma cor artisticamente forte para os chineses.
Assistam. A análise vem a seguir.


Bom, sobre a escolha do amarelo é fato. Mas o fundo azulado, lembrando um céu, é perfeito para destacar ainda mais as bailarinas. O ventilador compõe o que faltava para que elas realmente "dancem nos céus".

Um detalhe que achei fantástico e ainda não conhecia é o suporte para a perna (igual ao que vinha com a boneca barbie há umas décadas atrás =). O uso do suporte permitiu uma gama de novos movimentos de beleza surpreendente. A sensação que temos ao ver movimentações que parecem impossíveis - já que não vemos o suporte - é de que elas não são reais.

Preciosismo. Essa é uma palavra de ordem no oriente. Em todas as artes, em todas as culturas. O preciosismo no cabelo e nos dedos, pés e mãos é recorrente. O modo como o cabelo é valorizado seja na simplicidade seja na excentricidade é sempre notório e esse vídeo mostra claramente esse aspecto. Também o uso das mãos, dos pés e dos dedos. O detalhe no movimento e expressão de cada parte do corpo é estudado e trabalhado com profundidade; fato pouco comum no ocidente.

Por ser chinês, o ballet é repleto de elementos acrobáticos. Me agrada visualmente, mas fico pensativa se a dose de acrobacias é em boa medida.

A música é uma composição com instrumentos orientais e voz suave, com momentos marcantes mas sem a repetição enfadonha da música moderna. Dessa forma, a melodia propicia movimentos mais livres e figuras mais bem trabalhadas e executadas.

Perdi algum detalhe?
:)

domingo, 4 de julho de 2010

Snow Deva

Lembrei-me que estamos no inverno...
arte por: http://www.annestokes.com/

sábado, 3 de julho de 2010

Spring Spirit

arte por: http://www.goldenwoodstudio.com

Kuan Yin

Estou tendo uma "fase chinesa". Mas não foi intencional. Afinal, o momento certo para algo, é quando se faz o algo.

Tao Te Ching

Segundo verso (ou capítulo):

Quando o mundo percebe que a beleza é a beleza, a feiúra é criada
Quando percebe que o bem é o bem, o mal é criado

Assim o ser e o não ser geram um ao outro
A difícil e o fácil trazem um ao outro
Longo e curto revelam um ao outro
Alto e baixo suportam um ao outro
Música e voz harmonizam um ao outro
Frente e trás seguem um ao outro

Portanto o sábio:
Consegue trabalhar sem agir
E ensinar sem palavras

Trabalha com inúmeras coisas mas não as controla
Cria mas não possui
Age mas não tem expectativas

Tem sucesso mas não se apega ao sucesso
E é porque não se apega ao sucesso
Que dura eternamente
 
Retirado do site www.taoism.net

Cada uma dessas linhas pode transformar sua arte. Refletir é mais do que ler e concordar com esses versos... Há neles ensinamento. Verdadeiro artista aquele que buscar o significado dessas palavras em sua arte.